Foto: Gustavo Gargioni/Especial Palácio Piratin

Por Rafaela Stark

Com baixa vacinação, estado soma mais de 400 mortes e tem sistema de saúde sobrecarregado

O Rio Grande do Sul está vivendo, em 2025, o pior cenário de gripe desde a pandemia de H1N1 em 2009, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Até a última segunda-feira (14), o estado registrou 2.654 internações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) associadas ao vírus influenza, com um alarmante total de 423 mortes confirmadas.

Um dos principais fatores que contribuem para a gravidade da crise é a baixa cobertura vacinal. De acordo com o governo do estado, a maioria das vítimas não havia se vacinado contra a gripe: 82% das pessoas internadas e 78% das que vieram a óbito.

Os idosos são, de longe, o grupo mais impactado por essa onda de gripe. Eles representam 58% das hospitalizações e 77% das mortes registradas neste ano, evidenciando a vulnerabilidade dessa faixa etária diante da doença.

Baixa vacinação preocupa

A campanha de vacinação contra a gripe não atingiu a meta de cobertura entre os grupos prioritários. Até o momento, apenas 49,4% dessas pessoas receberam a dose anual, muito abaixo da meta de 90%. A adesão por grupo é preocupante:

• Crianças (6 meses a 6 anos): 39,5%
• Idosos (60 anos ou mais): 53,2%
• Gestantes: 29,8%

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) reforça que a vacinação é a principal medida preventiva e orienta os municípios a intensificarem os esforços na imunização dos grupos mais vulneráveis. A população pode procurar os postos de saúde para se proteger.